Algumas regras financeiras falsas podem custar bem caro. Você precisa de dinheiro para ganhar mais dinheiro. É sempre melhor comprar do que alugar. Carros esportivos custam mais caro para se ter seguro. Estes são apenas alguns exemplos de sabedorias financeiras que aprendemos desde sempre. Será mesmo que são verdade ou lendas urbanas?

As lendas urbanas existem porque às vezes precisamos de uma maneira rápida e fácil de entender um conceito complexo. Listamos aqui os sete mitos sobre finanças dos mais velhos e o porquê são falsos, verdadeiros ou parcialmente corretos.

1. É sempre melhor comprar do que alugar

Depende. A sabedoria convencional diz que comprar sua casa ou veículo é melhor do que alugar. Você terá algo para mostrar quando o empréstimo for pago. Para alguns, isso é verdade, mas para outros não. Há que se equacionar os demais gastos, se o dinheiro para compra vem de empréstimos, se o preço parcela e à vista são idênticos, enfim… a lista de considerações é extensa.

Alugar um carro, a depender das condições e de como for usado, pode gerar mais economia do que fazer um alto investimento de compra no ato. Considere manutenção, impostos, seguros e daí a conta pode mudar e balança pesar para o lado do aluguel.

No caso de casas, talvez deixar o dinheiro rendendo em aplicações seja mais vantajoso. O lucro da aplicação paga o aluguel e ainda sobra dinheiro.

2. Você precisa de dinheiro para ganhar dinheiro

Verdadeiro ou falso: Falso

A ideia de que você precisa de dinheiro para ganhar dinheiro é um mito. Na verdade, existem muitas maneiras de fazer dinheiro sem ter muito dinheiro para começar. Por exemplo, você pode começar um negócio online com um investimento mínimo, em qualquer idade ou trabalhar como freelancer ou consultor.

O importante é ter uma ideia ou serviço que as pessoas estejam dispostas a pagar, e ter a capacidade de entregar esse produto ou serviço de forma eficaz. 

Se você tem isso, você pode fazer dinheiro, mesmo se você não tem muito dinheiro para começar. 

3. Sempre guarde uma parte do dinheiro na poupança

Falso. Guardar uma parte da renda é uma boa medida de proteção financeira, da mesma forma que seguro funerário ou de vida, porém outros aspectos devem ser observados, como por exemplo, dívidas que correm juros. Estas devem ser priorizadas.

A prioridade deve ser quitar tudo que custe juros, pois sempre serão mais altos que os rendimentos dos produtos bancários. E se houver um investimento vantajoso, eis a opção. 

5. Carros SUV têm seguros mais caros

Depende. O seguro de um carro não depende apenas do tipo do automóvel, e sim de uma série de fatores como sinistralidade (índice de roubo e acidentes em geral), reputação do motorista junto à seguradora, histórico de acionamentos do seguro e mais ainda: mulheres na faixa dos 50 anos casadas tendem a pagar menos pela mensalidade de um seguro que homens da mesma faixa etária.

Em algumas cidades, de fato, houve aumento de roubos e furtos, principalmente em SUVs, o que aumenta o custo do seguro para todos, já que a seguradora distribui o risco. Isto não quer dizer que seu seguro sempre será maior.

6. Quanto mais velho você for, mais caro é o seu seguro de carro

Falso. E também depende. Jovens até 24 anos são mais taxados que pessoas com 50 anos no seguro de carro. À medida que você passa dos 65, aí sim o valor para garantir o carro contra roubo, furto e acidentes é proporcionalmente mais caro às demais faixas etárias.

 7 - É melhor pagar menos imposto de renda

Falso. Pagar mais impostos ninguém quer, porém, se você está numa faixa de imposto de renda maior, provavelmente sua renda líquida é superior. É uma confusão muito comum em quem é promovido no emprego. 

Mudar para uma faixa de imposto mais alta deve ser uma boa notícia, mas muitas pessoas temem que acabam levando para casa menos salário. Felizmente, isso é falso. Você só é taxado na taxa mais alta em uma parte da nova renda, então seu salário líquido é maior. Você vai pagar mais impostos, mas também é verdade que você terá mais dinheiro.  Chegar à faixa mais alta de impostos é uma conquista e não uma punição.