A autonomia é a capacidade de tomar decisões por si mesmo e agir de acordo com essas decisões. É a meta que todos deveriam se preparar durante toda a vida adulta e invariavelmente sofre alguma perda com o passar dos anos. As principais são:
- Financeira
- Física
- Emocional
- Social
- Cognitiva
- Espiritual
Autonomia financeira
Autonomia financeira é um tema extremamente sensível na terceira idade, daí ser o primeiro tópico abordado aqui. No Brasil, 1 a cada 3 pessoas acima dos 60 anos está em situação de vulnerabilidade financeira, segundo dados do SPC e metade deles são os principais responsáveis pelo sustento da família. Os sistemas de aposentadoria do INSS e previdência social são projetados para dar o máximo de independência quando o assunto é dinheiro a pessoas que já não podem trabalhar, porém, não cobrem a maioria da população.
Benefícios da autonomia financeira
- Independência
- Os idosos que são financeiramente autônomos podem tomar decisões sobre sua própria vida, o que lhes dá um senso de controle e realização.
- Melhor qualidade de vida
- A autonomia financeira pode ajudar os idosos a viver uma vida mais saudável e feliz. Eles podem se concentrar em atividades que gostam e passar mais tempo com seus entes queridos.
- Menor risco de vulnerabilidade
- Os idosos que são financeiramente autônomos são menos propensos a se tornarem vulneráveis à exploração ou abuso.
- Saúde
- Autonomia financeira leva ganhos diretos à saúde física e emocional. Poder comprar os próprios remédios e conviver sem o estresse da dependência de terceiros contribui para a felicidade e diminui o risco de depressão.
Estratégias usadas pelos idosos para autonomia financeira
- planejamento precoce, desde a juventude
- utilização de orçamento para controle de gastos
- poupança e investimentos
- previdência social pública ou privada
Autonomia física
A autonomia física é a capacidade de realizar atividades da vida diária sem ajuda. Trata-se de um desafio para a maioria dos idosos, que naturalmente perdem as habilidades do corpo com o tempo. No Brasil, 17% da população acima de 60 anos tem limitação funcional para atividades da vida diária. Autonomia física é uma proteção familiar, pois poupa a família de ajuda com tarefas cotidianas. Embora não controlemos as circunstâncias da vida, a relativa autonomia física na terceira idade é um processo de longo prazo, que começa na juventude e deve incluir:
- Exercícios físicos
- Sono regular
- Não fumar
- Álcool com moderação
- Controle do estresse
- Exames médicos periódicos
Benefícios da autonomia física
- Independência sobre suas próprias vidas, principalmente de locomoção
- Melhor qualidade de vida: Os idosos que são fisicamente autônomos têm uma melhor qualidade de vida, pois podem se envolver em atividades que gostam, como viajar, passear com os netos ou praticar esportes.
- Menor risco de quedas: idosos fisicamente ativos correm menor risco de cair. As quedas são uma das grandes causas de morte e hospitalização em idosos.
- Depressão: idosos fisicamente ativos têm menos probabilidade de desenvolver depressão.
Autonomia emocional
A autonomia emocional é a capacidade de lidar com as próprias emoções de forma saudável e eficaz. É uma habilidade importante para todas as pessoas, mas é especialmente importante para os idosos. À medida que as pessoas envelhecem, elas podem enfrentar uma série de desafios emocionais, como a perda de entes queridos, a aposentadoria, a saúde em declínio e o isolamento social. A autonomia emocional pode ajudar os idosos a lidar com esses desafios de forma saudável e a manter uma boa qualidade de vida. Existem algumas coisas que os idosos podem fazer para desenvolver a autonomia emocional. Algumas das mais importantes são:
- Conhecer as próprias emoções
- O primeiro passo para desenvolver a autonomia emocional é aprender a identificar e nomear as próprias emoções. Quando as pessoas sabem o que estão sentindo, elas podem começar a lidar com essas emoções de forma mais eficaz.
- Expressar as emoções de forma saudável
- É importante expressar as emoções de forma saudável. Isso pode ser feito através de atividades como conversar com um amigo ou membro da família, terapia, escrever, fazer exercícios ou praticar técnicas de relaxamento.
- Buscar ajuda quando necessário
- Se os idosos estão lutando para lidar com suas emoções, eles devem buscar ajuda profissional. Um terapeuta pode ajudar os idosos a desenvolver mecanismos de enfrentamento saudáveis e a melhorar sua qualidade de vida.
Autonomia Social
A autonomia social é a capacidade de participar da sociedade de forma plena e satisfatória. Para os idosos, a autonomia social é especialmente importante, pois pode ajudar a melhorar a qualidade de vida, a saúde física e mental e a prevenir o isolamento social, inclusive a depressão.
Como se desenvolve a autonomia social?
A autonomia social se desenvolve ao longo da vida, a partir da infância. No entanto, é na terceira idade que ela se torna mais importante, pois os idosos podem enfrentar uma série de desafios que podem limitar sua participação na sociedade, como a aposentadoria, a perda de entes queridos, a doença e a dependência de cuidados.
Características da autonomia social na terceira idade
- Comunicação
- Capacidade de se comunicar de forma eficaz com outras pessoas, tanto verbalmente quanto não verbalmente.
- Habilidade de resolver problemas
- Capacidade de resolver problemas de forma independente, sem depender de outras pessoas.
- Habilidade de tomar decisões
- Decidir sobre sua própria vida, sem depender de terceiros
- Habilidade de se relacionar com outras pessoas
- Manter relacionamentos saudáveis de forma positiva com outras pessoas, tanto familiares quanto amigos e parceiros amorosos
- Atividades sociais
- Capacidade de participar de atividades sociais que lhes dão prazer, como hobbies, voluntariado e atividades comunitárias.
Ganhos da autonomia social
- Melhora a qualidade de vida
- Ajuda os idosos a viver uma vida mais plena e feliz.
- Melhora a saúde física e mental
- Previne o isolamento social, a depressão e outras doenças.
Dicas de como manter a autonomia social
Existem algumas coisas que os idosos podem fazer para manter a autonomia social, como:
- Manter contato com amigos e familiares
- Participar de atividades sociais
- Aprender coisas novas
- Manter-se saudável
- Buscar ajuda quando necessário
Autonomia cognitiva
A autonomia cognitiva refere-se à capacidade de uma pessoa realizar atividades diárias e tomar decisões com base em seu funcionamento cognitivo. Isso inclui habilidades como memória, atenção, raciocínio e resolução de problemas. À medida que as pessoas envelhecem, é comum ocorrerem alterações cognitivas que podem afetar sua autonomia. Para os idosos, a autonomia cognitiva é especialmente importante, pois pode ajudar a melhorar a qualidade de vida, a saúde física e mental e a prevenir o isolamento social.
Desafios à autonomia cognitiva
- Doenças crônicas: Alzheimer e Parkinson, podem prejudicar a função cognitiva e limitar a autonomia dos idosos.
- Fatores ambientais: falta de acessibilidade e segurança, podem dificultar a vida dos idosos e limitar sua autonomia cognitiva.
- Isolamento social: a solidão pode levar à depressão e outros problemas de saúde mental, que podem prejudicar a autonomia cognitiva.
Dicas para conquistar a autonomia cognitiva
- Manter a mente ativa
- Cuidar da saúde física:
- Vida social
Autonomia Espiritual
A autonomia espiritual é a capacidade de ter suas próprias crenças e práticas religiosas ou espirituais, sem influência externa. É importante para os idosos porque pode proporcionar um senso de propósito, significado e conforto.
Desafios à autonomia espiritual dos idosos
- perda de entes queridos
- doença
- isolamento social
- dificuldades financeiras
Como praticar a autonomia espiritual
- Comunidades religiosas
- Conectar com sua comunidade religiosa ou espiritual participando de serviços, grupos de oração ou outras atividades.
- Práticas pessoais
- Desenvolver uma prática espiritual pessoal que se adapte às suas necessidades e preferências.
- Procurar ajuda
- Para manter sua autonomia espiritual, eles podem procurar ajuda profissional de um terapeuta, conselheiro ou líder religioso.