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Alzheimer: o que é e como a doença se manifesta?

O Alzheimer, é uma doença comum quando envelhecemos. Saiba tudo sobre esse assunto!

Alzheimer
Imagem: canva.com

 

O envelhecimento de amigos e familiares pode trazer à tona alguns problemas de saúde que merecem atenção, afinal muitos deles podem comprometer a qualidade de vida da pessoa. E um desses problemas é a Doença de Alzheimer. O Brasil é o segundo país com maior número de casos, acometendo 11,5% da população idosa brasileira. Essa é uma doença, infelizmente, sem cura e que precisa ser observada com cuidado por quem cuida dessas pessoas.

Portanto, neste artigo, vamos mostrar os principais pontos sobre o Alzheimer para que você possa cuidar com carinho de seus familiares ou conhecidos acometidos pela doença. Boa leitura!

O que é o Alzheimer?

O Alzheimer é uma doença que atua de forma a prejudicar a memória da pessoa que a tem, interferindo também no seu comportamento, no pensamento e no dia a dia. Ela surge, normalmente, após os 65 anos e é uma doença degenerativa, ou seja, ela não retorna ao ponto anterior. É importante, assim, que o paciente realize os tratamentos de forma adequada para evitar a progressão do quadro.

Ela ocorre por problemas de processamento de algumas proteínas do sistema nervoso central, gerando processos tóxicos dentro dos neurônios, o que causa a morte precoce dessas células. Como elas não se regeneram, essa perda afeta a memória e o córtex cerebral da pessoa.

Quais são os estágios da doença?

O Alzheimer é uma doença que vai progredindo ao longo do tempo, tendo quatro estágios bem definidos, como mostraremos a seguir.

1 – Inicial

É o momento no qual começam a surgir os primeiros sintomas relacionados à perda de memória. Nesse momento, os cuidadores e familiares têm um papel importante de lidar com a situação e auxiliar para um melhor acolhimento da pessoa. É nesse estágio que deve ser definido se os familiares contarão à pessoa sobre o diagnóstico ou não para saber se o paciente deseja lidar, nesse momento, com algumas questões mais burocráticas, como testamento, herança, aquisição de um plano funerário, entre outras.

É importante que as pessoas próximas busquem saber mais sobre os tratamentos e principais sintomas para acompanharem a evolução do quadro ao longo do tempo. Alguns sintomas característicos desta fase são perda ou alteração sutil na memória, na personalidade e nas habilidades espaciais da pessoa.

2 – Moderado

Nessa fase, é importante que os familiares tenham um maior cuidado para garantir a segurança financeira, emocional e física do paciente. Pode ser o momento de escolher um cuidador que fique com a pessoa em tempo integral para evitar possíveis quedas, fugas ou situações que possam colocar a pessoa em risco.

Essa fase é identificada normalmente por sintomas como:

  • dificuldade para se expressar;
  • quando a pessoa não consegue mais realizar tarefas simples;
  • há problemas em coordenar movimentos;
  • agitação e insônia.

3 – Grave

Nessa fase, já há um comprometimento até mesmo das funções básicas do paciente. Nesses casos, é importante considerar a necessidade de cuidados intensivos, bem como ter uma maior paciência com a pessoa, encontrando formas diferentes de estabelecer comunicação e afeto com o paciente.

É comum que, nessa fase, ocorra a perda de funções importantes do organismo, como controle da bexiga e do intestino. Nesse momento, é fundamental um bom acolhimento da pessoa, deixando claro que essas situações podem ocorrer, sem repreendê-la. Também podem ocorrer sintomas como dificuldade para comer e uma deficiência motora que se mostra progressiva.

4 – Terminal

Nesse momento, a pessoa já tem as suas principais funções comprometidas e, normalmente, está acamada. Os processos degenerativos fazem com que ela não fale mais, além de ter problemas para comer e infecções intercorrentes.

Como a doença se manifesta?

Mas como identificar se uma pessoa está com suspeita de Alzheimer? Alguns sintomas são muito característicos do quadro. Veja-os abaixo:

  • falta de memória de fatos recentes — de acordo com a progressão do quadro, isso vai evoluindo. Por exemplo, o paciente pode se esquecer da morte de um parente e perguntar se ele ainda está vivo;
  • dificuldade para acompanhar conversas;
  • repetições de palavras, expressões e assuntos;
  • mudanças de personalidade;
  • problemas com palavras;
  • confusões constantes;
  • desafios grandes ao resolver problemas.

Como cuidar de uma pessoa querida que tem Alzheimer?

Muitas vezes, a pessoa diagnosticada com a doença será um ente querido próximo nosso, como pais, avós, tios, amigos, entre outros, e, muitas vezes, eles passarão a ser cuidados por nós. Essa é uma tarefa delicada e que exige que você saiba como lidar com a situação. Para ajudá-lo, vamos mostrar algumas dicas importantes que podem ser úteis nesse momento. Acompanhe:

  • estabeleça uma rotina para a pessoa — isso é muito importante principalmente nas primeiras fases, já que há a manifestação de perdas de memória de fatos recentes;
  • evite o estresse — ficar rebatendo lapsos de memória da pessoa pode aumentar o nervosismo e, com isso, piorar os quadros do Alzheimer. É importante ter paciência com a pessoa e tornar seu dia a dia mais confortável;
  • faça atividades para a memória — esse tipo de atividade auxilia a retardar os efeitos do Alzheimer sobre o paciente, evitando evoluções demasiadamente rápidas;
  • contar sobre o diagnóstico de Alzheimer dependerá de analisar vantagens e desvantagens disso. Caso gere muito estresse e sofrimento, pode ser importante não levar essa informação ao paciente;
  • faça passeios para a socialização da pessoa;
  • invista em atividades físicas para o familiar (fisioterapia, academia, pilates), pois elas auxiliam a desacelerar o avanço da doença;
  • tenha marcadores de tempo pela casa (calendários, marcados e relógios) e mantenha as janelas abertas para que a pessoa possa ter compreensão da passagem da noite para o dia e vice-versa;
  • caso não tenha um cuidador profissional, é fundamental ter uma pessoa próxima que possa auxiliar o acompanhamento das medicações;
  • incentive a realização de cursos e atividades que mantenham o paciente ativo, como curso de culinária, jogos, participação em grupos de discussão, entre outras. Isso é fundamental principalmente nas fases iniciais;
  • entenda os momentos de agressividade, já que eles podem ser frutos de desconfortos (como sono, fome e sede) ou de questões externas que possam ser desagradáveis (multidões, barulho, ambiente com pessoas desconhecidas, entre outros). Seja paciente com a pessoa e busque identificar a causa desse momento;
  • o afeto com a pessoa que tem Alzheimer é fundamental, já que a falta de memória não mexe com a compreensão de sentimentos da pessoa e ela precisa se sentir acolhida e incluída nas atividades da família.

É importante lembrar que o Alzheimer não tem cura, apenas tratamento. Por isso, é fundamental criar um ambiente que seja confortável para a pessoa. Quanto melhor ela for acolhida pelos familiares e amigos, a condução da situação será mais tranquila e, assim, será possível ter uma boa qualidade de vida, dentro do possível.

O Alzheimer é uma doença que, infelizmente, é relativamente comum na terceira idade e que pode comprometer a qualidade de vida daqueles que a têm. Por isso, familiares devem estar atentos a como tornar esse momento mais confortável e cuidar dessas pessoas com acolhimento e segurança.

Sobre o Autor

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