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    Guia sobre EQM (Experiência de Quase Morte) que você deve conhecer

    O que é a Experiência de Quase Morte e Como acontece?

    Experiência de Quase Morte

    A evolução tecnológica é um agente transformador da nossa cultura em muitos aspectos, um deles é a morte. Graças à evolução da medicina e seus aparatos tecnológicos, um coração parado não significa necessariamente que a pessoa morreu em definitivo. É nesse contexto que o paciente tem a possibilidade de passar por uma EQM. 

    Depois que o coração para de bombear sangue, um indivíduo pode ficar vivo por cerca de 4 a 6 minutos e o cérebro pode ficar vivo até 10 minutos sem receber sangue. É muito comum casos de pessoas que são dadas clinicamente como mortas, mas, graças a aparelhos como o desfibrador, voltam à vida.

    Todavia, nada impede que, nesse período em que a pessoa é considerada clinicamente morta, experiências possam acontecer. Para esses acontecimentos é dado o nome de Experiência de Quase Morte, ou simplesmente EQM. Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura!

    O que é a EQM (Experiência de Quase Morte)

    Experiências de Quase Morte são eventos que acontecem quando o corpo do ser humano é considerado clinicamente morto — em uma morte súbita, o coração para de bater ou o cérebro para as atividades, porém, mesmo assim, a pessoa ainda se vê viva.

    É como se, nessa situação extrema, o ser humano assumisse uma consciência transcendental, ou seja, uma realidade que ultrapassa a abrangência de categorizações de coisas possíveis, cientificamente conhecidas.

    Como acontece uma EQM

    Uma EQM (Experiência de Quase Morte) acontece quando o indivíduo é considerado clinicamente morto, no entanto ele volta à vida minutos depois de procedimentos médicos que visam à ressuscitação em tempo hábil para que nenhum dano físico aconteça — no geral, de 5 a 10 minutos.

    Raymond Moody Jr., pesquisador responsável pela criação do termo Experiência de Quase Morte em seu livro A Vida Depois da Vida, notou um padrão de acontecimentos das vivências das pessoas que afirmam ter vivido uma EQM.

    Para o pesquisador, as pessoas que entram em um estágio de consciência transcendental têm experiências bastante parecidas:

    • projeção do corpo;
    • movimento em um túnel;
    • encontro com pessoas mortas;
    • visão de luz;
    • revisão da própria vida.

    São caminhos bem parecidos, que se apresentam como um padrão de acontecimentos para a experiência. 

    Qual a opinião da ciência sobre EQM

    A ciência tem opiniões e estudos conflitantes quando o assunto é experiência de quase morte. Muita das vezes, os pontos de vista vêm carregados de preconceitos por parte da academia. Há uma certa dificuldade para acreditar na possibilidade de vida após a morte, como bem aponta o Dr. Cícero Galli Coimbra, neurologista e professor da Unifesp, nesta entrevista.

    Contudo, Bruce Greyson, pesquisador do Departamento de Psiquiatria e Neurocomportamental da Universidade da Virgínia (EUA), aponta que experiências de quase morte são registradas em cerca de 12% a 18% de pacientes que sobreviveram a paradas cardíacas — um número significativo e que não deve ser ignorado.

    No artigo, “Experiências de quase morte: implicações clínicas”, Bruce Greyson reúne várias opiniões científicas sobre experiência de quase morte. Uma delas é a abordagem da neuroquímica, que acredita que as EQMs são resultado de estímulos de vários neurotransmissores no cérebro, como a endorfina e outros endógenos que produzem um alívio da dor e da sensação de estresse.

    Há também opiniões de neurocientistas que acreditam que as experiências de quase morte possam ser memórias do nascimento revividas. Outros cientistas buscam a explicação por meio do fenômeno de hipóxia, estado de baixo oxigênio nos tecidos orgânicos. Para esses estudiosos, a falta de oxigênio é responsável por algumas características das EQMs.

    Como muito bem é levantado por Bruce Grayson, há várias pesquisas, há muitas abordagens, mas há também muitos conflitos. Então, cabe à ciência buscar respostas para esse campo de estudos que ainda é desconhecido.

    Quais são os fatos mais comuns relatados 

    Nos relatos de Experiência de Quase Morte um dos fatos que chamam a atenção são os pontos em comum. Pessoas de várias nacionalidades, independentemente de credo ou gênero, descrevem o evento de formas muito parecidas. Esses pontos são usados como meios de sistematização em pesquisas científicas. Na sequência, conheça os principais.

    Sensação de paz

    Segundo relatos, calma, paz e serenidade são sensações predominantes em uma experiência de quase morte. É como se a alma e o espírito estivessem anestesiados e prontos para receber a iluminação do momento. Às vezes, as impressões que promovem esses bons sentimentos são visões de parentes muito queridos que já partiram.

    Capacidade de flutuar

    Uma outra característica marcante de uma experiência de quase morte é a transcendentalização, ou seja, a pessoa atinge um estado de realidade considerada impossível dentro dos nossos conhecimentos científicos atuais. 

    Nesse quadro, passa-se a ter a capacidade de flutuar, que cientificamente é impossível, mas está presente em vários relatos, por justamente se tratar de um momento de transcendentalização.

    Sensação de flashback 

    De acordo com algumas narrações, essa sensação é muito comum. É como se a vida da pessoa em EQM passasse inteira na sua mente. De acordo com algumas pessoas, esse se torna um momento de reflexão sobre o tipo de ser humano que se foi em vida, fazendo o indivíduo repensar suas ações e inspirações. Muitas pessoas dizem que se tornaram indivíduos melhores, mais serenos e mais atentos para a vida.

    Visão de luz

    Alguns relatam ter uma visão de uma luz forte, dourada ou branca, que exerce uma profunda atração. Com frequência, ela é descrita como acalentadora, reconfortante, calma. Esse é um ponto bem recorrente nas histórias de experiência de quase morte. 

    Muitos atestam que essa luz é a morte em si, e a passagem então passa a ser entendida pela pessoa como uma situação de paz, sendo que esses relatos contribuem para superar o medo de morrer.

    Chegada a uma outra dimensão

    Em muitos relatos há também explicações de chegada a outras dimensões. Na maioria das vezes, as pessoas dizem que é como se tivessem deixado o seu corpo físico, passado por um túnel e entrado em uma outra dimensão. 

    Essa outra dimensão é descrita como real e reconfortante, e nela há o encontro de amigos, parentes ou conhecidos que já fizeram a partida.

    Ausência de dor 

    Em EQM, uma das sensações mais relatadas é ausência de dor. É como se nessa transcendentalização, nesse momento de iluminação, as preocupações físicas e fisiológicas ocupassem um estágio secundário, ou seja, deixassem de existir. Há um certo conforto nessa ideia, afinal isso ajudaria na partida do indivíduo caso ela chegasse a se completar.

    Não temer a morte

    Culturalmente, a morte é apresentada como algo para ser temido, sendo poucas as comunidades que percebem a morte como algo característico e inerente à vida. No entanto, uma das observações entre as pessoas que vivenciam uma experiência de quase morte é que o evento em si deixa de ser preocupante. 

    Após a sobrevivência do indivíduo e o seu retorno para as atividades cotidianas, é como se as energias fossem realocadas e a morte já não se apresentasse como algo a ser temido, pois essa pessoa já esteve próxima a ela. Dessa maneira, o indivíduo passa a focar na vida, em ser um ser humano melhor e a viver com plenitude.

    Relatos de Experiência de Quase Morte 

    Agora que você já se contextualizou sobre o assunto, veja abaixo alguns relatos.

    Lucy Luft

    Pedagoga aposentada, Lucy Luft contou à revista Galileu suas duas experiências de quase morte. A primeira foi no ano de 1972, quando ela sofreu um acidente no Guarujá, região litorânea paulista. Ela relata que foi empurrada por uma onda para cima de algumas pedras à beira-mar.

    Lucy conta que lutou muito contra a morte, mas sentiu que o seu corpo se desligou. Ela afirma que viu o salvamento do seu corpo e lembra de ter sido levada para um centro médico.

    “A minha consciência deslizava por um túnel e eu revivia toda a minha vida, com os acertos e os enganos. Quase no fim do túnel, antevi o outro lado, o que me deu a sensação incrível de tranquilidade e paz”

    Já sua segunda experiência aconteceu anos mais tarde, na década de 1980. Durante uma cirurgia plástica, Lucy sofreu um choque anafilático e uma parada cardíaca durante o procedimento.

    Novamente a pedagoga afirma que sentiu sua consciência deixar o corpo, enquanto observava junto ao teto da sala de operação. Assim como na primeira experiência, ela garante que observou tudo que acontecia com o seu corpo, acompanhando a preocupação dos médicos durante os procedimentos.

    Lucy Luft escreveu um livro no qual reflete sobre suas experiências de quase morte. A obra se chama Voltei Para Contar

    Colton Burpo

    Os relatos de experiência de quase morte não se limitam a adultos, uma vez que crianças também revelam ter vivido tal situação. Um caso que ficou bastante conhecido foi o de Colton Burpo. Aos 4 anos, ele foi submetido a uma cirurgia após uma crise de apendicite aguda. Depois de um diagnóstico equivocado, as expectativas para a situação do menino não eram as mais positivas.

    Durante o procedimento cirúrgico, a criança disse ter deixado o seu corpo e ter sido levado ao que ele chama de “céu”. Nesse lugar, ele conta que teve contato com parentes já falecidos, incluindo um bebê abortado pela sua mãe devido a uma gravidez mal-sucedida.

    “Os anjos cantaram para mim. Fui à igreja. Estava sozinho, mas não tinha medo. Sentei-me. Fiquei ouvindo o coro. Depois eu perguntei se eles poderiam cantar We Will Rock You. Eles riram como você está rindo agora, pai.”

    Colton também contou aos pais que encontrou crianças e animais naquele lugar. O caso do menino acabou virando um livro no ano de 2003, intitulado O Céu É de Verdade. Nessa obra, os pais Todd e Sonja Burpo contam as narrações de seu filho. O caso ficou tão conhecido que, no ano de 2014, ganhou uma adaptação para o cinema com o mesmo nome do livro.

    Sharon Stone

    A atriz norte-americana Sharon Stone foi internada por causa de um aneurisma e sofreu uma hemorragia cerebral no ano de 2001, quando tinha 43 anos. Mãe de três filhos, a estrela de Hollywood contou na época para a revista Closer Weekly como foi sua experiência de quase morte.

    Sharon dá detalhes dos acontecimentos que aconteceram durante sua cirurgia, quando sentiu que ia morrer. Ela relata que viu um grande e forte vórtex branco, como um redemoinho, uma espiral. Nesse instante, teve contato com entes queridos que já faleceram. 

    A artista garante que sua experiência foi transformadora e mudou consideravelmente sua maneira de ver e se relacionar com a vida:

    “Jamais serei a mesma. Não tenho mais medo de morrer, falo para todos que conheço que a morte é uma benção. É algo belo e glorioso, uma incrível sensação de bem-estar em um lugar próximo e seguro”.

    Mudanças após uma Experiência de Quase Morte

    O livro Rescuer, do autor Antônio Auggusto João, aponta uma constatação feita pela psicóloga Willoughby Britton, da Universidade do Arizona: apenas cerca de 3% das EQMs são negativas.

    Mesmo os mais temerosos relatam ter sentimentos descritos como paz, acalento e conforto. A maioria das pessoas que vivenciaram esse tipo de experiência afirmam ter perdido o medo da morte e passado a enxergar a vida com novos olhos.

    São vivências de valorização do hoje, das coisas que realmente importam, principalmente laços afetivos, pois muitos acreditam que ganharam uma segunda chance. Nesse sentido, existem relatos que as EQMs impactam na vida como uma ressignificação do espaço da morte, no qual este deixa de ser um lugar de medo e passa a ser um momento de transformação da vida.

    A Experiência de Quase Morte ainda é um tema que intriga bastante a ciência atual, mas isso não quer dizer que, pelo fato de ser incompreendida, ela deve ser ignorada ou sua importância desacreditada. A transformação de como enxergamos a morte e a maneira como a compreendemos é um significativo processo para perdermos o medo de um evento tão natural da vida humana.

    Entender a morte e suas nuances caminha para uma compreensão maior do que é a vida, afinal são dois fenômenos que estão lado a lado. Após uma EQM, a maioria dos recuperados busca ser pessoas melhores, mais empáticas. Esse é um processo que visa viver a vida com plenitude e sabedoria, dando espaço para o que realmente importa, cada um de acordo com sua concepção ou crença.

    O que define o homem não é como ele morre, mas sim como vive a vida, qual é a marca que deixa no mundo. Portanto, essa é a principal lição que fica com os relatos das pessoas que experienciaram a EQM. É preciso deixar de tratar tal experiência como um tabu e entendê-la com mais naturalidade.

    O que achou de nosso conteúdo? Você também tem uma experiência a compartilhar ou conhece alguém que já passou por uma EQM? Deixe o seu comentário e partilhe conosco e com os demais leitores a sua opinião!


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